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Como ajudar um dependente químico que não quer ser internado?

25/05/2024

Como ajudar um dependente químico que não quer ser internado?
 
 
 

Como Internar um Dependente Químico que Não Quer Ser Internado?

 

Internar um dependente químico que se recusa a buscar tratamento é uma situação desafiadora e delicada. Muitas vezes, a resistência do dependente é alimentada pela negação da gravidade de sua condição, pelo medo do desconhecido ou pelo desejo de continuar usando substâncias. No entanto, a intervenção precoce é crucial para interromper o ciclo de uso e iniciar o processo de recuperação. Neste artigo, exploraremos estratégias eficazes para internar um dependente químico relutante, incluindo a intervenção familiar, a abordagem profissional e as considerações legais e éticas envolvidas. 

 

1. Entendendo a Resistência do Dependente 

Antes de abordar a questão da internação, é importante compreender as razões por trás da resistência do dependente químico: 

  • Negação: Muitos dependentes químicos negam a gravidade de seu problema e a necessidade de tratamento, o que pode dificultar a aceitação da ajuda. 

  • Medo do Desconhecido: O processo de tratamento pode ser intimidante para o dependente, que pode temer a perda da autonomia, a mudança de estilo de vida e o enfrentamento das consequências de seu uso de substâncias. 

  • Vergonha e Estigma: O estigma associado à dependência química pode levar à vergonha e ao isolamento social, dificultando a busca por ajuda. 

 

2. Estratégias para Internar um Dependente Relutante 

2.1. Intervenção Familiar 

Uma intervenção familiar estruturada pode ser uma abordagem eficaz para persuadir um dependente químico a aceitar tratamento: 

  • Planejamento Prévio: Os familiares devem se reunir e planejar a intervenção com antecedência, definindo objetivos claros e elaborando mensagens consistentes. 

  • Abordagem Compassiva: A intervenção deve ser conduzida com empatia e sem julgamentos, enfatizando a preocupação e o apoio da família. 

  • Oferecimento de Opções: Apresentar opções de tratamento disponíveis e estar preparado para oferecer suporte imediato se o dependente concordar em buscar ajuda. 

  • Envolvimento Profissional: Se necessário, os familiares podem buscar a orientação de um profissional de intervenção para auxiliar no processo. 

 

2.2. Diálogo Aberto e Empático 

Conversas honestas e empáticas com o dependente químico podem ajudar a dissipar a negação e abrir caminho para a aceitação do tratamento: 

  • Escuta Ativa: Demonstrar interesse genuíno pelas preocupações e sentimentos do dependente, sem interromper ou julgar. 

  • Educação e Informação: Fornecer informações objetivas sobre a dependência química, os benefícios do tratamento e as consequências do uso contínuo de substâncias. 

  • Explorar Motivações Internas: Identificar os motivos pessoais do dependente para considerar o tratamento e destacar as vantagens de uma vida livre de substâncias. 

 

2.3. Abordagem Gradual 

Às vezes, é útil adotar uma abordagem mais gradual, incentivando o dependente a participar de avaliações médicas ou terapias breves antes de tomar uma decisão sobre a internação: 

  • Consultas Médicas: Agendar consultas médicas para avaliação da saúde física e psicológica do dependente, proporcionando uma oportunidade para discutir opções de tratamento. 

  • Terapias Breves: Participar de sessões de aconselhamento ou terapia breve pode ajudar o dependente a desenvolver uma compreensão mais profunda de sua dependência e a considerar a possibilidade de tratamento. 

 

3. Considerações Legais e Éticas 

Ao lidar com a internação de um dependente químico relutante, é essencial considerar as questões legais e éticas envolvidas: 

  • Legislação Pertinente: Familiarizar-se com as leis locais relacionadas à internação involuntária ou compulsória, incluindo os critérios de elegibilidade e os procedimentos legais necessários. 

  • Respeito aos Direitos Individuais: Garantir que todas as decisões respeitem os direitos individuais do dependente, incluindo o direito à privacidade, autonomia e consentimento informado. 

  • Princípios Éticos: Basear todas as ações em princípios éticos, como respeito pela dignidade e bem-estar do indivíduo, não maleficência e beneficência. 

 

4. Intervenção Profissional 

Em casos de extrema resistência ou risco iminente à vida do dependente, pode ser necessário o envolvimento de profissionais de saúde mental ou autoridades competentes: 

  • Avaliação Médica: Um médico especializado pode avaliar a gravidade da dependência e determinar a necessidade de internação involuntária para proteger a saúde e a segurança do dependente. 

  • Intervenção Legal: Em situações extremas, as autoridades competentes podem ser acionadas para emitir uma ordem judicial de internação compulsória, garantindo o acesso imediato ao tratamento necessário. 

 

Os 3 Tipos de Internação: 

1. Internação Voluntária: Na internação voluntária, o paciente concorda em se submeter ao tratamento em uma clínica de reabilitação. Essa é geralmente a forma mais eficaz de tratamento, pois o paciente está motivado e comprometido com sua recuperação. Durante a internação voluntária, o paciente recebe cuidados médicos, terapia individual e em grupo, e outras formas de suporte para ajudá-lo a superar a dependência de crack. 

2. Internação Involuntária: A internação involuntária ocorre quando um indivíduo é internado em uma clínica de reabilitação sem o seu consentimento. Isso geralmente acontece quando a pessoa representa um risco imediato para si mesma ou para os outros devido ao uso de drogas. Embora possa parecer controverso, a internação involuntária pode ser necessária em casos graves nos quais o paciente não reconhece a gravidade de sua dependência. 

3. Internação Compulsória: A internação compulsória é semelhante à internação involuntária, mas é geralmente ordenada pelo sistema legal. Isso pode acontecer quando um indivíduo comete um crime relacionado ao uso de drogas ou representa um perigo significativo para a sociedade. A internação compulsória tem como objetivo proteger a pessoa e a comunidade, fornecendo tratamento obrigatório para sua dependência. 

 

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos: 

No Brasil, o auxílio-doença é um benefício previdenciário pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados para o trabalho devido a doença ou acidente. Isso inclui casos de dependência química, desde que comprovada a incapacidade laboral. 

Para obter o auxílio-doença por dependência química, o paciente precisa passar por uma avaliação médica do INSS, que determinará se ele está realmente incapacitado para o trabalho devido ao uso de drogas. Além disso, é necessário apresentar documentos médicos que comprovem o diagnóstico e a necessidade do benefício. 

O auxílio-doença para dependentes químicos é uma importante forma de apoio durante o processo de recuperação, garantindo que o paciente tenha acesso a tratamento médico adequado e possa se concentrar em sua reabilitação sem se preocupar com questões financeiras. No entanto, é importante ressaltar que o benefício é temporário e está sujeito a revisões periódicas para verificar a evolução do quadro clínico do paciente. 

 

Benefícios da Internação 

A internação oferece uma série de benefícios para os dependentes químicos que buscam superar o vício e reconstruir suas vidas: 

  • Ambiente Estruturado e Livre de Drogas: Durante o período de internação, os pacientes são afastados de ambientes propícios ao uso de drogas, proporcionando uma oportunidade para a desintoxicação e a recuperação física e psicológica. 

  • Suporte Médico e Psicológico Especializado: As clínicas de reabilitação oferecem uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e enfermeiros, que fornecem cuidados personalizados e apoio emocional durante todo o processo de tratamento. 

  • Programas de Reabilitação Personalizados: Os pacientes têm acesso a programas de recuperação personalizados, que abordam as causas subjacentes do vício, desenvolvem habilidades de enfrentamento e promovem a reintegração social e profissional. 

  • Redução do Risco de Recaída: A internação oferece um ambiente seguro e estruturado, onde os pacientes aprendem a lidar com gatilhos e situações de risco, reduzindo assim as chances de recaída após a alta. 

 

Conclusão 

Internar um dependente químico que se recusa a buscar tratamento é um desafio complexo que requer uma abordagem multifacetada e sensível. A intervenção precoce, o diálogo aberto e empático, o envolvimento da família e o apoio profissional são componentes essenciais para persuadir o dependente a aceitar ajuda e iniciar o processo de recuperação. 

É importante respeitar os direitos e a dignidade do dependente em todas as etapas do processo, garantindo que todas as decisões sejam tomadas com base em princípios éticos e legais. Com paciência, persistência e apoio adequado, é possível ajudar o dependente químico a superar a resistência e iniciar o caminho rumo à recuperação e ao bem-estar. 

Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais! 

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