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O que fazer quando o dependente químico não quer receber ajuda?

02/06/2024

O que fazer quando o dependente químico não quer receber ajuda?
 
 

O Que Fazer Quando o Dependente Químico Não Quer Ajuda?

 

A dependência química é uma condição complexa que afeta não apenas o indivíduo, mas também sua família, amigos e comunidade. Uma das situações mais desafiadoras é quando o dependente químico não reconhece a gravidade de seu problema ou se recusa a buscar ajuda para lidar com sua condição. Nesses casos, é crucial adotar estratégias eficazes para oferecer suporte, incentivar a busca por tratamento e promover a recuperação. Neste artigo, exploraremos diferentes abordagens para lidar com essa situação, incluindo a comunicação empática, o estabelecimento de limites saudáveis, a intervenção profissional e o acesso a recursos de apoio. 

 

1. Compreender a Negativa do Dependente 

Antes de abordar a questão da busca por ajuda, é importante entender as razões por trás da negação do dependente químico: 

  • Negação da Gravidade: Muitos dependentes químicos minimizam a gravidade de seu problema, negando os impactos negativos do uso de substâncias em suas vidas e na vida daqueles ao seu redor. 

  • Medo do Estigma: O estigma associado à dependência química pode levar o dependente a resistir à busca por tratamento, com medo de ser julgado, estigmatizado ou excluído pela sociedade. 

  • Barreiras Psicológicas: Questões emocionais, como vergonha, culpa, baixa autoestima e trauma passado, podem contribuir para a resistência do dependente em admitir sua necessidade de ajuda. 

 

2. Abordagens para Lidar com a Resistência 

2.1. Comunicação Empática 

A comunicação empática é essencial para estabelecer uma conexão significativa com o dependente e encorajá-lo a considerar a busca por ajuda: 

  • Escuta Ativa: Demonstrar interesse genuíno pelas preocupações e experiências do dependente, sem julgamentos ou críticas. 

  • Validação de Sentimentos: Reconhecer os sentimentos do dependente e validar sua experiência, mesmo que você não concorde com suas escolhas. 

  • Expressão de Preocupação: Compartilhar suas preocupações de forma respeitosa e amorosa, destacando o impacto do comportamento do dependente em sua própria vida e na vida de outras pessoas. 

2.2. Estabelecimento de Limites Saudáveis 

É importante estabelecer limites claros e saudáveis para proteger a si mesmo e encorajar o dependente a considerar a busca por tratamento: 

  • Firmeza com Amor: Expressar suas preocupações de forma assertiva, estabelecendo limites sobre o comportamento do dependente que você não está disposto a tolerar. 

  • Consequências dos Comportamentos: Comunicar claramente as consequências naturais dos comportamentos do dependente, enfatizando que o apoio continuado está condicionado à busca por ajuda. 

  • Auto-Cuidado: Priorizar o próprio bem-estar emocional e físico, buscando apoio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental quando necessário. 

 

3. Intervenção Profissional 

Em situações onde a negação persiste e o dependente enfrenta graves consequências devido ao uso de substâncias, pode ser necessário buscar a ajuda de profissionais de saúde especializados: 

  • Avaliação Médica e Psicológica: Um profissional de saúde qualificado pode conduzir uma avaliação abrangente para determinar a gravidade da dependência, identificar possíveis transtornos coexistentes e recomendar o tratamento apropriado. 

  • Intervenção Familiar: Envolver a família em uma intervenção estruturada, conduzida por um profissional treinado, pode ajudar a aumentar a motivação do dependente para buscar tratamento e oferecer suporte emocional durante o processo. 

 

4. Acesso a Recursos de Apoio 

Oferecer ao dependente acesso a recursos de apoio e tratamento especializados pode ajudar a superar a resistência e iniciar o processo de recuperação: 

  • Centros de Tratamento Especializados: Pesquisar e recomendar centros de tratamento de dependência química respeitáveis, que oferecem uma variedade de serviços, incluindo desintoxicação, terapia individual e em grupo, e programas de reabilitação. 

  • Grupos de Apoio: Encorajar o dependente a participar de grupos de apoio, como Alcoólicos Anônimos (AA) ou Narcóticos Anônimos (NA), onde ele pode se conectar com outras pessoas em recuperação e encontrar apoio mútuo. 

 

5. Persistência e Paciência 

Lidar com a resistência do dependente químico pode ser um processo longo e desafiador, exigindo persistência, paciência e compaixão: 

  • Respeito ao Tempo do Dependente: Reconhecer que cada indivíduo tem seu próprio ritmo de aceitação e recuperação, e evitar pressioná-lo além de seus limites. 

  • Celebração de Progressos: Reconhecer e celebrar mesmo os menores progressos do dependente em direção à busca por ajuda e mudança de comportamento. 

 

Os 3 Tipos de Internação: 

1. Internação Voluntária: Na internação voluntária, o paciente concorda em se submeter ao tratamento em uma clínica de reabilitação. Essa é geralmente a forma mais eficaz de tratamento, pois o paciente está motivado e comprometido com sua recuperação. Durante a internação voluntária, o paciente recebe cuidados médicos, terapia individual e em grupo, e outras formas de suporte para ajudá-lo a superar a dependência de crack. 

2. Internação Involuntária: A internação involuntária ocorre quando um indivíduo é internado em uma clínica de reabilitação sem o seu consentimento. Isso geralmente acontece quando a pessoa representa um risco imediato para si mesma ou para os outros devido ao uso de drogas. Embora possa parecer controverso, a internação involuntária pode ser necessária em casos graves nos quais o paciente não reconhece a gravidade de sua dependência. 

3. Internação Compulsória: A internação compulsória é semelhante à internação involuntária, mas é geralmente ordenada pelo sistema legal. Isso pode acontecer quando um indivíduo comete um crime relacionado ao uso de drogas ou representa um perigo significativo para a sociedade. A internação compulsória tem como objetivo proteger a pessoa e a comunidade, fornecendo tratamento obrigatório para sua dependência. 

 

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos: 

No Brasil, o auxílio-doença é um benefício previdenciário pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados para o trabalho devido a doença ou acidente. Isso inclui casos de dependência química, desde que comprovada a incapacidade laboral. 

Para obter o auxílio-doença por dependência química, o paciente precisa passar por uma avaliação médica do INSS, que determinará se ele está realmente incapacitado para o trabalho devido ao uso de drogas. Além disso, é necessário apresentar documentos médicos que comprovem o diagnóstico e a necessidade do benefício. 

O auxílio-doença para dependentes químicos é uma importante forma de apoio durante o processo de recuperação, garantindo que o paciente tenha acesso a tratamento médico adequado e possa se concentrar em sua reabilitação sem se preocupar com questões financeiras. No entanto, é importante ressaltar que o benefício é temporário e está sujeito a revisões periódicas para verificar a evolução do quadro clínico do paciente. 

 

Benefícios da Internação 

A internação oferece uma série de benefícios para os dependentes químicos que buscam superar o vício e reconstruir suas vidas: 

  • Ambiente Estruturado e Livre de Drogas: Durante o período de internação, os pacientes são afastados de ambientes propícios ao uso de drogas, proporcionando uma oportunidade para a desintoxicação e a recuperação física e psicológica. 

  • Suporte Médico e Psicológico Especializado: As clínicas de reabilitação oferecem uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e enfermeiros, que fornecem cuidados personalizados e apoio emocional durante todo o processo de tratamento. 

  • Programas de Reabilitação Personalizados: Os pacientes têm acesso a programas de recuperação personalizados, que abordam as causas subjacentes do vício, desenvolvem habilidades de enfrentamento e promovem a reintegração social e profissional. 

  • Redução do Risco de Recaída: A internação oferece um ambiente seguro e estruturado, onde os pacientes aprendem a lidar com gatilhos e situações de risco, reduzindo assim as chances de recaída após a alta. 

 

Conclusão 

Quando um dependente químico não quer ajuda, pode ser uma fonte de grande angústia e frustração para seus entes queridos. No entanto, é importante lembrar que a mudança é um processo gradual e que a recuperação é possível, mesmo para aqueles que inicialmente resistem à busca por tratamento. 

Ao adotar uma abordagem empática, estabelecer limites saudáveis, buscar intervenção profissional e oferecer acesso a recursos de apoio, é possível ajudar o dependente a superar sua resistência e iniciar o caminho rumo à recuperação. A persistência, paciência e amor incondicional são fundamentais nesse processo, e mesmo que haja reveses ao longo do caminho, o apoio contínuo pode fazer toda a diferença na vida do dependente químico. 

Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais! 

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